Resenha: O que há de estranho em mim

Título: O que há de estranho em mim
Título Original: Sisters In Sanity
Autora: Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 224
Ano: 2016
Classificação: 4/5

Sinopse: Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão. Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.

Resenha: Quando eu inicio a leitura de um livro não espero encontrar uma razão para o autor ter tido aquela ideia, mas, lendo esse livro, passei a procurar umazinha que fosse, que conseguisse explicar de onde foi que a autora tirou essa ideia. Ao final do livro eu consegui descobrir, ao ler uma nota em que ela fala sobre clínicas onde adolescentes sofrem vários tipos de abuso. Mas, ainda assim, eu continuo a me perguntar o que diabos foi essa leitura.

Eu já li sobre várias e várias adolescentes rebeldes e também já assisti a vários filmes e séries em que elas são tão rebeldes que chegam a me dar nos nervos. E de todas as adolescentes rebeldes que eu conheço, Brit com certeza está em último lugar na classificação. Ela nem pode ser classificada como rebelde quando penso em outras que conheço.

Acontece que seu pai, por receio de que sua "rebeldia" acabe fazendo com que ela fique doente como sua mãe, decide que a melhor opção é interná-la em uma clínica. Contra a sua vontade. À você, papai ou mamãe que acompanha o blog e tá pensando em fazer isso com seu filho, aqui vai um conselho: não faça! Engraçado que esse livro me fez lembrar de uma época da minha vida em que eu também tinha esse receio e morria de ódio dos meus pais só de imaginar eles me deixando em uma clínica, sozinha.

Bom, continuando... O pai da Brit acha que essa é a melhor opção e interna a filha. Interna a filha em uma clínica absurda, onde ela precisa passar por terapias de confronto com as outras meninas, sofre com as detenções e não é, em momento algum, tratada de seus "problemas", que, como já disse, não existem.

Por mais que eu ache que a ideia de expor essas clínicas seja interessante, eu simplesmente não acho que a autora soube explorar como deveria. Na realidade, agora, pensando melhor, a história me parece mais uma fanfic que virou livro. Nada contra, que fique claro. Mas uma fanfic que não teve, em momento algum, uma revisão onde as pessoas pensaram: hum, acho que não tá legal isso aqui. Repetindo: a ideia dela, de falar sobre as clínicas, é demais, mas ela não soube explorá-la.

Eu dei 4 estrelas por livro porque, por pior que tenha sido, eu consegui gostar das meninas, torci por elas e para que seus familiares descobrissem tudo. Não foi o melhor livro da Gayle Forman que eu já li (já li Se Eu Ficar, mas esqueci de fazer a resenha e então esqueci metade da história), mas tenho esperança de que eu e ela consigamos nos acertar.

Se vocês gostaram da resenha, comentem aqui embaixo. Se conhecem o livro, também não deixe de comentar. Afora Se Eu Ficar e esse, qual outro livro da autora vocês me recomendam? ♥