Título: O Livro dos Títulos
Autor: Pedro Cardoso
Editora: Record
Páginas: 196
Ano: 2017
Classificação: 3,5/5
Sinopse: O primeiro romance do ator e dramaturgo Pedro Cardoso. Genuíno Jesus Cristóvão do Amanhã nunca gostou de ler, mas sempre gostou dos livros. Frequentador assíduo da livraria do seu Velhinho Livreiro, formou imensa biblioteca. Após conhecer e se apaixonar por Constança, editora-chefe de uma ONG sueca ligada à Unesco, resolve escrever – para conquistar o coração da amada – o seu primeiro e único livro: O livro dos títulos. Ator, dramaturgo e roteirista de televisão, Pedro Cardoso – o eterno Agostinho de A grande família – apresenta-nos, neste seu primeiro romance, uma nova faceta de sua genialidade. Explorando de forma original e surpreendente o seu dom para o humor, revela uma visão que é, ao mesmo tempo, crítica do mundo insano em que vivemos, mas também delicada sobre o que nos torna humanos. Nas palavras do autor: “Este livro foi escrito sob o impacto de uma profunda preocupação com o futuro do Brasil; mas não é só disso que ele trata, porque nunca a vida é monotemática. Há nele também perplexidade diante da linguagem, fascínio pelo amor romântico e respeito para com a loucura; vale-se de uma distopia irônica para confirmar a esperança; e aposta na crença de que o humor é um bálsamo para todos os nossos males.”.
Pedro Cardoso, Guta Stresser e Marieta Severo no seriado A Grande Família
Resenha: Eu confesso que tinha certo receio do Pedro Cardoso, mas isso mudou quando eu assisti sua entrevista para o programa The Noite com Danilo Gentili (clique aqui para assistir também; vale muito a pena!), digamos que ali fomos apresentados de verdade. Foi lá, também, que eu descobri a existência de seu romance, O Livro dos Títulos, e que surgiu o interesse pela leitura.
Genuíno Jesus Cristóvão do Amanhã é o personagem principal da história e toda a trama se desenvolve a partir do dia que ele encontra o amor de sua vida, a bela Constaça. Mesmo não gostando de livros, ele decide que irá embarcar nesse mundo literário com o objetivo de conquistá-la. Mais do que isso, ele escreverá um livro para ela.
Apesar dessa premissa simples, o livro é muito consistente. Acompanhamos todo o processo de escrita de Genuíno, suas peculiaridades e dramas.
Este livro poderia ter outros títulos: O desaparecimento da verdade, O reinado da esperança, Literatura autóctone, A comédia dos indiferentes... E muitos outros. Mas o autor preferiu chamá-lo com o nome que tem. E muito mais não quer dizer a respeito da escolha que fez. Acredita que descobrir a razão do título é uma das graças de se ler um livro. E acredita também que, quanto menos sabemos sobre a obra - seja livro, música, pintura ou paisagem natural -, mais livres estamos para recebê-la sem pré-juízos e ansiedades. Estar desavisado favorece o espírito a conhecer a obra pura, despoluída de tudo o que não seja ela mesma. Que seja bem-vinda a surpresa!
O livro é uma ótima pedida à todos que admiram o trabalho do ator, mas não posso deixar de ressaltar o fato de que em algumas cenas fiquei perdida e não compreendi o que estava sendo dito. Essa é a razão da minha nota, mas eu espero que isso não faça com que vocês desanimem, afinal de contas, cada um pode ter a sua opinião sobre uma determinada obra.
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