Resenha: Pax

Título Original: Pax
Autora: Sarah Pennypacker
Editora: Intrínseca
Páginas: 288
Ano: 2016
Classificação: 4/5
Sinopse: Peter e sua raposa são inseparáveis desde que ele a resgatou, órfã, ainda filhote. Um dia, o inimaginável acontece: o pai do menino vai servir na guerra, e o obriga a devolver Pax à natureza. Ao chegar à distante casa do avô, onde passará a morar, Peter reconhece que não está onde deveria: seu verdadeiro lugar é ao lado de Pax. Movido por amor, lealdade e culpa, ele parte em uma jornada solitária de quase quinhentos quilômetros para reencontrar sua raposa, apesar da guerra que se aproxima. Enquanto isso, mesmo sem desistir de esperar por seu menino, Pax embarca em suas próprias aventuras e descobertas.Alternando perspectivas para mostrar os caminhos paralelos dos dois personagens centrais, Pax expõe o desenvolvimento do menino em sua tentativa de enfrentar a ferocidade herdada pelo pai, enquanto a raposa, domesticada, segue o caminho contrário, de explorar sua natureza selvagem. Um romance atemporal e para todas as idades, que aborda relações familiares, a relação do homem com o ambiente e os perigos que carregamos dentro de nós mesmos. Pax emociona o leitor desde a primeira página. Um mundo repleto de sentimentos em que natureza e humanidade se encontram numa história que celebra a lealdade e o amor.

Eu não tinha intenção de adquirir esse livro durante a Black Friday, sua aquisição foi feita num rompante. Porém, quando li sua sinopse, pensei comigo mesma que se tratava de uma leitura digna de lágrimas. Afinal, como a história de uma amizade entre um garoto e uma raposa poderia não me emocionar? O livro, no entanto, não foi digno de lágrimas. Pelo menos, não as minhas lágrimas.

Peter e sua raposa, Pax, são inseparáveis desde seu resgate, mas, quando a guerra começa a assombrar, eles são obrigados a se separarem já que o garoto vai ter de viver com o avô. Muito relutantemente, o menino resolve deixar a raposa em um local onde ele talvez consiga sobreviver sozinho mas, para Pax, criado no conforto de uma casa, viver na floresta pode ser muito assustador e perigoso. Peter também sofre muito com a separação e não tarda a acreditar que cometeu um erro ao abandonar o grande amigo. Movido pelo amor, mas, também, arrependimento, ele decide voltar ao local onde a deixou.

Enquanto Peter inicia sua jornada afim de reencontrar o amigo, Pax irá precisar aprender a viver na floresta. Logo ele conhece Arrepiada e seu irmão Miúdo, duas raposas que sofreram muito nas mãos dos humanos e lutam para sobreviver na floresta durante a guerra.

Essas duas raposas tocaram imensamente meu coração. Elas foram quebradas por causa da violência dos humanos e Arrepiada acaba tendo certo receio de se aproximar de Pax, já que ele possui o cheiro dos humanos. Com o tempo, porém, os três acabam unindo forças na luta pela sobrevivência.

Peter, em seu caminho, acaba encontrando uma pessoa, Vola, uma ex-miliar que está em busca de si mesma. Particularmente, eu gostava mais das cenas das raposas do que das cenas do Peter e Vola, mas muito gente elogiou a personagem.

Pax é um livro que você consegue ler em apenas em um dia, com uma escrita fácil e personagens cativantes. Uma das coisas, porém, que me fez desgostar um pouco da leitura foi o fato da história se alongar muito a outros assuntos que não fossem o reencontro dos dois amigos. O final, no entanto, foi bastante emocionante.

Recomendo para as pessoas que tem apelo forte a livros que falam sobre a relação de amizade entre homens e animais. Acredito que Pax é uma ótima pedida.